quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Gaivota


A água é tão fria
Como pode a gaivota
Adormecer?



Matsuo Bashô - "O Gosto Solitário do Ovalho"

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Gotas caem


Sou humidade
na chuva
daquela nuvem que olhei.
Gotas caem.

Santôka

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Outono



"A pequena lagarta
vê passar o outono
sem pressa de se tornar borboleta"



Matsuo Bashô - "O Gosto Solitário do Orvalho"

quarta-feira, 11 de junho de 2008

“Uma boa prática consiste em perguntares a ti mesmo com toda a sinceridade: “Porque nasci?” Faz a ti mesmo esta pergunta três vezes por dia, de manhã, à tarde e à noite. Interroga-te diariamente.

O Buda disse ao seu discípulo Ananda para ver a impermanência, para ver a morte em cada respiração. Temos de conhecer a morte; temos de morrer para viver. O que significa isso? Morrer é chegar ao fim de todas as nossas dúvidas, de todas as nossas questões, e limitarmo-nos a estar aqui com a realidade presente. Não se pode morrer amanhã, tem de se morrer agora. És capaz disso? Ah, que tranquila, a paz que acompanha o fim das perguntas.”

Achaan Chah – “Uma Lagoa Tranquila na Floresta”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Zen e o Ulisses de James Joyce

"Shikantaza no Liffey: uma leitura Zen de Ulisses do Joyce"
quinta-feira, 28 de Fevereiro, às 21h30
auditório do Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, nº 22


Biografia da oradora:
Sensei Amy Hollowell é a primeira sucessora de Roshi Catherine Genno Pagès, responsável pelo centro Dana, em Paris. Amy Hollowell nasceu em Minneapolis, nos Estados Unidos, em 1958. Emigrou para França em 1981 no final dos seus estudos universitários. Actualmente é jornalista num quotidiano internacional com sede em Paris. É também poeta - os seus poemas foram publicados nos Estados Unidos e na Europa. Começou a estudar o Zen com Catherine Pagès em 1993 e ensina sob a sua direcção desde o ano 2000.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

RETIRO Zen (sesshin) com sensei Amy Hollowell

Os 10000 Rebentos do Nirvana


Local: Centro de espiritualidade Santa Teresa de Jesus, Avessadas, Marco de Canavezes

Chegada: sexta-feira, 29 de Fevereiro 2008, pelas 19h
Partida: domingo, 2 de Março, pelas 17h

Programa: sessões de meditação sentada e em andamento; palestras; perguntas e respostas;
possibilidade de entrevistas pessoais; neste retiro, haverá uma cerimónia de jukai

Condições: refeições vegetarianas; quartos individuais, duplos e triplos (o tipo de quarto não influencia o preço da diária)

Custo: inscrição €50 (participação nas despesas da vinda da sensei)
+ alojamento e refeições: €60
total: €110 NIB 0035 0374 0000 164743002

Professora: Sensei Amy Hollowell é a primeira sucessora de Roshi Catherine Genno Pagès, responsável pelo centro Dana, em Paris. Amy Hollowell nasceu em Minneapolis, nos Estados Unidos, em 1958. Emigrou para França em 1981 no final dos seus estudos universitários. Actualmente é jornalista num quotidiano internacional com sede em Paris. É também poeta - os seus poemas foram publicados nos Estados Unidos e na Europa. Começou a estudar o Zen com Catherine Pagès em 1993 e ensina sob a sua direcção desde o ano 2000. Recebeu a transmissão do Dharma em 2004. Ensina a prática da meditação silenciosa (shikantaza) e a prática dos Koans.


Organização: Delegação do Porto da União Budista Portuguesa
e Sangha Zen Flor Silvestre
Contacto: ubporto@gmail.com
Blog: http://gota-de-orvalho.blogspot.com/
Blog de Amy Hollowell Sensei: http://zenscribe.ovh.org/



leia também O que é um retiro?

domingo, 17 de fevereiro de 2008

"Cada dia é uma viagem e a própria viagem é o lar"


Foi com agradável surpresa que, ao adquirir a revista do mês de Fevereiro da National Geographic, encontro um artigo muito interessante sobre o relato da viagem que o poeta Matsuo Bashô empreendeu pelo Japão.
Howard Norman segue as pegadas de Bashô percorrendo o caminho que muitos devotos seguem desde então.


“Durante alguns meses de 1684, Bashô fez uma viagem para oeste de Edo (Tóquio), que deu origem ao seu primeiro relato de viagens. Na época de Bashô, viajava-se a pé, e o alojamento era precário. Porém, apesar desses rigores, o poeta voltou a partir em 1687 e uma terceira vez em 1687-1688. Os relatos dessas jornadas foram escritos num género que Bashô apurou – haibun, uma mistura de haiku e prosa. As histórias poéticas da viagem e as duras estadas que as inspiravam davam brilho à reputação de Bashô.”
Foi esta jornada repleta de episódios maravilhosos que produziu a sua obra-prima – “
O Caminho Estreito”.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Libertar-se


Breaking Free of Habits, uma gravação com Martine Batchelor, que orientará o nosso próximo retiro (sobre o mesmo tema)... já no próximo fim-de-semana! Também se pode ouvir aqui. Um comentário ao livro aqui.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Um presente



O amor é o maior presente que podemos dar a nós e aos outros. Para que o amor se desenvolva para além da atracção inicial, temos que aprender a aceitar inteiramente os outros tal como são.


No amor há afeição, carinho e contacto que podem ter um efeito terapêutico. Existe um compartilhar físico, emocional e mental. Nós entramos em contacto com os outros. Nós afectamos-los e eles afectam-nos. O amor pode influenciar-nos consideravelmente, pode ajudar-nos a suavizar o que é rígido. Pode ajudar-nos a abrir o que está fechado. Pode ser uma força criativa na nossa vida. Ao nos aproximarmos dos outros, somos enriquecidos pelas suas naturezas e eles são por sua vez enriquecidos por nós. Algo de novo surge desta nova partilha íntima. No amor existe também a paixão que está cheia de energia e excitação. Isto faz surgir em nós um vigor associado frequentemente a um sentimento de alegria profunda.

Alguns dos obstáculos a amar: as nossas intenções ou motivações, expectativas, necessidades e desejos. Temos que ter cuidado para que no amor não estejamos a procurar a nossa pessoa, uma réplica, um clone; ninguém pode ser exactamente como nós. O amor pode ajudar-nos a descobrir as nossas diferenças de modo que possamos enriquecer-nos por elas.


imagem de Mude o Mundo